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Conheça os efeitos positivos da comunicação não-violenta no seu negócio

Quando alguém te procura para conversar você apenas escuta e se prepara para rebater ou se desliga para ouvir com atenção e, então, pensar na resposta? Dentre muitos outros, este é um dos pontos que a comunicação não-violenta leva em consideração no momento em que nascem os diálogos.

Marshall B. Rosenberg definiu a CNV na década de 60 e afirmou em “Comunicação não-violenta: Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais” (Editora Agora) que: “[…] Fiquei impressionado com o papel crucial da linguagem e do uso das palavras. Desde então, identifiquei uma abordagem específica da comunicação – falar e ouvir – que nos leva a nos entregarmos de coração, ligando-nos a nós mesmos e aos outros de maneira tal que permite que nossa compaixão natural floresça.”

Apesar de ter um nome que fala por si só, este tema merece atenção especial porque as vantagens alcançadas são inúmeras. Com elas, é possível melhorar o relacionamento dentro e fora do trabalho, estabelecer uma conexão mais sincera e empática com seu time e garantir que todo mundo entenda o que está sendo dito, sem distorções e más interpretações.

Quando você assume o lugar de fala, uma série de outras coisas acontecem com você sem que seja percebido. Por isso neste momento, além de ser a pessoa que tem a palavra, você também é alguém que gesticula, que assume certa postura corporal e que, inconsciente ou conscientemente, deixa suas crenças participarem deste processo.

Isso quer dizer que a comunicação não violenta não significa apenas não ser rude ou grosseiro, deixar de ser firme ou não usar palavras de baixo calão. Afinal, muitas vezes, você fala de forma pacífica, mas seu corpo, suas expressões e as coisas nas quais você acredita dizem outra.

Por que você diz uma coisa, mas seu corpo diz outra?

Você cresceu e se desenvolveu em um lugar. Seguiu as normas e acreditou naquilo que alguém mais velho te dizia. Isso formou, em partes, a pessoa que é hoje.

Saúde dos Trabalhadores em 2023

Muitas vezes, como pessoa ou líder, quando os outros te procuram, você ouve e conversa de forma gentil. Por outro lado, seu tom de voz quer dizer totalmente o contrário. Isso acontece porque você conscientemente entende que não é de bom tom discordar. Mas, não consegue omitir isso e acaba expressando de alguma maneira a sua insatisfação.

Neste momento, a pessoa com quem você dialoga já entendeu seu ponto de vista. E, muitas vezes, é dessa maneira que nascem os conflitos.

“A não-violência significa permitirmos que venha à tona aquilo que existe de positivo em nós e que sejamos dominados pelo amor, respeito, compreensão, gratidão, compaixão e preocupação com os outros, em vez de sermos dominados pelas atitudes egocêntricas, egoístas, gananciosas, odientas, preconceituosas, suspeitosas e agressivas que costumam dominar nosso pensamento”, reforça Marshall.

O que a comunicação não violenta pode trazer de benefícios para seu negócio?

Pedir um favor pode ser feito de algumas maneiras distintas. E, mesmo sem haver som, você vai entender a diferença entre elas.

 “Você pode me ajudar com uma questão?”

“Preciso que você me ajude com uma questão.”

“José, você tem que me ajudar com uma questão.”

A comunicação não-violenta é um conceito que questiona a forma como conversamos e ouvimos o próximo.

Sendo assim, Thomas D’Ansembourg aponta em “Como se relacionar bem usando a Comunicação Não Violenta: Edição 2” (Editora Sextante): “[…] Você mergulhe em um diálogo interior bastante franco, a fim de melhorar seus relacionamentos e deixar de lado alguns hábitos que limitam suas escolhas. […] Essa é uma tarefa árdua, porque, para chegar e enunciar de modo claro o que existe dentro de nós, é necessário nos desvencilharmos desses condicionamentos. A empreitada é revolucionária, pois durante o percurso descobrimos que nos mostrar com clareza expões nossa vulnerabilidade e revela nosso orgulho”.

Porém, mostrando certa fragilidade também conseguimos mostrar o lado humano e, então, criar uma conexão mais efetiva com o outro.

Em pleno século XXI, não há mais espaço para aquele tipo de ordem arcaico, pejorativo, constrangedor. O que a comunicação não-violenta sugere é que líderes e gestores trabalhem a maneira como enviam mensagens aos seus times e se desarmem da sensação de poder, construindo diálogos empáticos e efetivos.

Falar de forma mais branda, por pior que seja aquilo que você está dizendo, faz com que seus ouvintes tenham menos receio de fazer perguntas em caso de dúvidas, não se sintam acuados se tiverem sugestões para dar e te enxerguem como um bom líder.

Como começar a praticar a CNV?

A CNV se baseia em habilidades de linguagem e comunicação que fortalecem a capacidade de continuarmos humanos, mesmo em condições adversas. Ela não tem nada de novo: tudo que foi integrado à CNV já era conhecido havia séculos. O objetivo é nos lembrar do que já sabemos – de como nós, humanos, deveríamos nos relacionar uns com os outros – e nos ajudar a viver de modo que se manifeste concretamente esse conhecimento.”, afirma Rosenberg (link 4).

O poder de se colocar no lugar do outro e a empatia são pontos-chave para se comunicar de forma não-violenta. Ou seja, se funcionários ou até mesmo amigos e familiares, buscam você para desabafos, questionamentos e críticas, ouça com calma.

Pense como você se sentiria caso os papéis se invertessem: o que você estaria sentindo na hora de dizer isso? O que você gostaria de ouvir quando terminasse de dizer?

Para isso, há uma espécie de passo-a-passo que ajuda na jornada para melhorar a sua forma de comunicar. Seja você um dono de restaurante, funcionário, um cozinheiro, gerente ou garçom, o tempo todo seu trabalho depende de outro alguém. Que tal tentar ser mais brando em dias mais críticos e conseguir resolver as divergências com mais facilidade e sem discussão?

A comunicação não-violenta pode melhorar o clima organizacional o seu negócio, ajudar na gestão de equipes, humanizar o atendimento, resolver problemas e conflitos, estimular a empatia entre as pessoas.

4 Dicas para começar a praticar a comunicação não-violenta

Pratique a observação

Isso te dá pontos a mais e te coloca à frente em algumas situações. Pare, fique de olho no que acontece dentro do local do trabalho e perceba o que está sendo dito e feito. Procure evitar os julgamentos na hora de se atentar ao que anda sendo feito e dito dentro da sua empresa.

Só assim será possível olhar de forma mais humana para o cenário e considerar que, antes de serem funcionários, quem trabalha com você são pessoas.

Note os sentimentos que as atitudes despertam em você.

Os sentimentos podem variar entre felicidade, angústia, satisfação, raiva, decepção. E, com certeza, influenciarão naquilo que há para se dizer. Neste momento, desligue-se do efeito da competitividade e poder para conseguir pensar com clareza.

Estimular que os colaboradores digam como se sentem diante de uma situação é outra ação muito eficiente. Rosenberg já havia ressaltado que é mais fácil convencer alguém quando se comprova o impacto de um ato.

O adendo é para evitar a projeção de culpa! Ou seja, não diga que você se sente mal porque o outro comentou algo. Que tal optar por alternativas como “eu me senti desmerecido”, “senti que não sou capaz”, “a sensação foi de frustração” e outras frases que não culpem uma terceira pessoa.

Atenda às necessidades que identificar usando a comunicação não-violenta

Depois de analisar os sentimentos, chegou a hora de notar as necessidades que surgem em um diálogo. Dar o poder de fala para todos os envolvidos, ou a maioria deles, de forma igualitária é essencial. Assim, o exercício da empatia também segue adiante e se estimula a criação de novas conexões, desenvolvimento de empatia, o bem-estar por não precisar guardar algo que te incomoda. Consequentemente, o risco de discussões futuras por questões não resolvidas também diminui.

Faça pedidos de forma clara!

E, por fim, fazer os pedidos e observações de forma clara reforça que todos os funcionários devem falar de forma clara sobre aquilo que sentem. Em caso de dúvidas, devem questionar. Se houver insatisfação, devem apontar. Desta forma também se reforça um ponto importa da cultura empresarial de empresas de sucesso: portas abertas e escuta efetiva (e afetiva também). Acaba-se com o mito de que “manda quem pode, obedece quem tem juízo” porque passa a ser construída uma hierarquia mais horizontal, que dá abertura para diálogos e a criação de novas conexões.

Basicamente, a comunicação não-violenta…

“As práticas de Comunicação Não Violenta que servem de base para a solução de conflitos envolvem:

  1. Expressar nossas necessidades;
  2. Enxergar as necessidades dos outros, independente do modo como se expressam;
  3. Verificar se as necessidades foram compreendidas com exatidão;
  4. Oferecer a empatia de que as pessoas precisam para ouvir as necessidades dos outros; e
  5. Traduzir as soluções ou estratégias propostas para uma linguagem de ação positiva.”

Sendo assim, o que resume Marshall em “Vivendo a Comunicação Não Violenta” (Editora Sextante) com o intuito de ensinar mais pessoas a dizerem como se sentem e diminuir brigas que surgem por críticas mal feitas, erros de comunicação e, claro, erros de interpretação.

Por fim, fica claro que praticar a comunicação não-violenta é um exercício diário, constante e de longo prazo que traz benefícios para as relações de trabalho, construção de ambientes acolhedores e aproximação entre líderes e times.

Vale finalizar dizendo que ser empático, paciente e um bom ouvinte não significa ser frágil ou influenciável, mas caminhar para que as pessoas te ajudem no processo de evolução do negócio e de suas carreiras.

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