Cada vez mais as empresas oferecem programas de incentivo de longo prazo, nos quais os colaboradores são convidados a se tornarem partners (parceiros), recebendo um percentual que corresponde a uma parte da companhia. Como se virassem sócios? Isso mesmo.
Empresas investem constantemente em mecanismos para incentivar a performance dos times, assim como reforçar a cultura, estimular o engajamento e o senso de pertencimento. Tudo isso ajuda a diminuir a rotatividade, que leva à perda de produtividade e de talentos. Para atingir esse objetivo, os modelos tradicionais de gestão passaram a ser repensados.
Surgem, então, os programas de partnership, que oferecem aos funcionários ações da companhia. Neste modelo, os colaboradores de empresas que não têm capital aberto são convidados a receberem ‘phantom stocks’ ou ‘ações fictícias’. Trata-se de um contrato que garante uma remuneração variável baseada na valorização da empresa, não havendo emissão efetiva ou transferência de ações para o colaborador. As ações são apenas o parâmetro para o pagamento do bônus.
Uma empresa que ofereceu esta oportunidade aos funcionários foi a VR, com a criação do DNA VR no final de 2021. Trata-se de um programa de incentivo de longo prazo, no modelo citado acima. Os colaboradores são convidados a se tornarem partners (parceiros) do lugar onde trabalham. A pessoa se torna dona, na prática, de um percentual que corresponde a uma parte da companhia.
Na VR, o pagamento dos dividendos é feito no final do contrato, quando a pessoa receberá seu bônus. Por não ser uma empresa de capital aberto, com ações no mercado, o pagamento consiste em uma remuneração variável baseada na valorização da empresa. Todos os funcionários são elegíveis e não há pré-requisitos, como tempo de casa ou senioridade. O DNA VR, que começou com 29 pessoas, tem mais de 80 partners atualmente.
Mas até que ponto é interessante para as empresas implementarem este programa? Conheça as principais dúvidas dos profissionais de RH:
1 – Por que oferecer um programa de partnership?
As empresas mais inovadoras do mundo têm esse modelo de gestão, que proporciona um ambiente de parceria, colaboração e senso de dono, além de um crescimento sustentável dentro da organização. Ao implementar um programa de partnership, as empresas permitem que os funcionários, que compartilham dos mesmos valores e propósito da companhia tenham a chance de crescer junto com o negócio.
2 – Vale para todos os segmentos e tamanhos de empresas?
Embora seja mais comum entre as startups, todas as empresas podem desenvolver um programa próprio, com suas regras específicas. Por exemplo, detalhando quais profissionais são elegíveis, quanto tempo de casa será necessário para participar, como as avaliações de desempenho serão consideradas e se haverá um limite ou porcentagem do quadro total de funcionários para ingressar no programa. O modelo pode ser utilizado tanto para empresas que têm capital aberto – e, neste caso, o valor das ações está sempre definido pelo mercado – quanto pelas empresas que não têm, como forma de beneficiar ou gratificar colaboradores juntamente com o crescimento da empresa.
3 – Quais os benefícios para as empresas?
É um grande diferencial na concorrência por talentos, uma vez que a chance de eles continuarem em uma empresa onde são remunerados e valorizados pelos resultados é muito maior. Como consequência, o turn over é reduzido. Além disso, fortalece a marca empregadora, atrai talentos que buscam crescer juntamente com a empresa e moderniza ainda mais a maneira de fazer gestão.
4 – Quais os benefícios para os funcionários?
Segundo João Altman, diretor executivo de Pessoas, Marketing e Cultura da VR, na medida em que os colaboradores se tornam parceiros ou sócios, o trabalho em equipe ganha mais força. Além disso, os valores também se fortalecem e o propósito da companhia é impulsionado. “O DNA VR é um marco em nosso processo de transformação e crescimento, uma estratégia que alavanca o desenvolvimento das pessoas e solidifica nossa cultura de reconhecimento e valorização”, explica o executivo.
5 – Qual o momento certo?
Não existe um momento certo. Algumas startups implementam este modelo de gestão já no primeiro ano de vida, mas há companhias que o fazem depois de alguns anos de consolidação. O importante é preparar a empresa por meio de um plano integrado na cultura organizacional, que promova e incentive os colaboradores através do crescimento planejado e transparente dentro da empresa. É ideal buscar assessoria jurídica especializada, que conheça e entenda o funcionamento deste modelo, para alinhar expectativas dos colaboradores, sócios e da própria empresa.
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