A Reforma Tributária brasileira, consolidada pela Emenda Constitucional 132/2023 e regulamentada pela Lei Complementar 214/2025, representa uma profunda transformação no sistema fiscal nacional. Para garantir uma transição segura e eficiente, empresas e órgãos públicos devem adotar uma série de ações estratégicas e operacionais:
1. Governança e Planejamento
- Criar comitês multidisciplinares (Fiscal, TI, Jurídico, Financeiro).
- Designar líderes de projeto e elaborar cronogramas com marcos claros.
- Realizar diagnóstico fiscal e mapeamento de impactos.
2. Capacitação e Comunicação
- Promover treinamentos internos sobre os novos tributos (CBS, IBS e IS).
- Contratar consultorias especializadas, se necessário.
- Acompanhar atualizações legislativas e técnicas.
3. Revisão Contratual e Jurídica
- Atualizar cláusulas de contratos comerciais e públicos.
- Prever ajustes de preços e regularidade fiscal dos parceiros.
- Mapear fornecedores do Simples Nacional e contratos de longo prazo.
4. Tecnologia e Sistemas
- Avaliar e adaptar ERP’s para os novos campos fiscais (IBS/CBS).
- Integrar sistemas internos com o “Portal da Reforma Tributária”.
- Testar layouts de notas fiscais e simular operações em ambiente de homologação.
5. Processos Internos e Compliance
- Revisar políticas de precificação e emissão de documentos fiscais.
- Adaptar rotinas de pagamento ao regime de Split Payment.
- Implementar controles para apuração assistida dos tributos.
6. Planejamento Financeiro e Tributário
- Projetar impactos no fluxo de caixa e capital de giro.
- Mapear créditos tributários acumulados e estratégias de compensação.
- Avaliar reorganização logística e fiscal da cadeia produtiva.
7. Cronograma de Transição
- 2026: Início com cobrança simbólica da CBS.
- 2027–2028: Convivência entre sistemas antigos e novos.
- 2029–2032: Substituição gradual de ICMS e ISS pelo IBS.
- 2033: Consolidação plena do modelo IVA Dual.
O sucesso na transição não depende apenas de cumprir prazos, mas de construir uma governança sólida, garantir conformidade e manter uma visão estratégica sobre impactos financeiros e operacionais. Em um cenário de mudanças graduais até 2033, quem agir proativamente terá vantagem competitiva e reduzirá riscos. A hora de começar é agora.
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