Gastos com táxis e app de transporte explodem 168% nas empresas e exige gestão estratégica de mobilidade

Análise mostra ainda a migração diária de trabalhadores dos extremos da capital Paulista para uma concentração na região centro-oeste da cidade

Levantamento da VExpenses, solução VR especializada em gestão de despesas e viagens corporativas, revela que os gastos com mobilidade dispararam 110,8% entre 2022 e 2024. Entre 2023-2024, o total de gastos nas empresas analisadas subiu 43,4% e o número de transações 53%. O crescimento é impulsionado pelo uso de táxis e aplicativos de transporte, cujas despesas aumentaram 168,6%, acompanhadas por um avanço de 146% nas transações. A escalada superou o uso de veículo próprio, que teve elevação de 107,7% nos custos e de 91,5% nas transações. “O que vemos nos dados é uma transformação no modo como as empresas brasileiras se deslocam. O crescimento no uso de aplicativos e táxis é também uma busca por flexibilidade e controle. Para as empresas, isso significa que a gestão de mobilidade deixou de ser uma questão operacional e passou a ser uma decisão estratégica, com impacto direto no orçamento, na produtividade e até nas metas de sustentabilidade”, afirma Thiago Campaz, cofundador da VExpenses. 

Diante desse cenário, otimizar recursos e reduzir riscos pede uma gestão de despesas com transporte mais estratégica. “Isso significa a necessidade de ter políticas claras para definir quando usar veículo próprio ou aplicativos de transporte, com limites bem estabelecidos; maior controle em tempo real para prevenir excessos; utilizar ferramentas de auditoria automatizada para garantir compliance e reduzir riscos nos reembolsos; e o monitoramento de indicadores para ajustar orçamentos de forma mais precisa”, conclui Campaz.

A realidade do trabalhador no transporte público

Por outro lado, o uso de transporte público, que ainda é muito intenso em cidades com alta densidade populacional, como São Paulo, imprime o comportamento de deslocamentos diários realizado pelos trabalhadores que saem todos os dias das franjas da Grande São Paulo e seguem praticamente todos para a mesma região centro-oeste da capital, como mostram os gráficos de calor.

De acordo com uma análise de fluxo pendular gerados a partir do uso de vale-transporte da base de clientes da VR, nos horários de pico (entre 6h e 9h), o trabalhador paulistano que vive nas zonas mais afastadas, como a Zona Leste, se desloca em massa para o trabalho na região central e outras áreas comerciais como a região Sul da cidade. Essa movimentação faz com que estas áreas se tornem mais densa, o que impacto o trânsito no dia a dia da cidade. Ao fim do horário comercial (a partir das 18h), o fluxo se inverte. Os trabalhadores retornam para suas casas nas bordas da cidade, principalmente para a Zona Leste, uma dura jornada. 

Segundo Cássio Carvalho, diretor-executivo de Negócios PJ da VR, uma das soluções para rever o impacto para empresas e trabalhadores e a funcionalidade VR chamada Melhor Rota da VR, que utiliza dados baseados em mapas, distância, trânsito e análise de modais. A serviço permite calcular até seis rotas diferentes por CPF, com recomendações personalizadas por custo, tempo e número de integrações. O serviço recalcula mais de 34 mil rotas por ano sugerindo as melhores opções. Queremos facilitar rotinas, gerar economia e impulsionar o progresso de empresas e trabalhadores”, afirma o executivo.

Imprensa