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Empresa ambidestra: conceito e maneiras de adaptar o seu negócio para evoluir.

Ser o gestor de um negócio ou de uma equipe traz consigo uma infinidade de desafios. Organizar o time, a operação e dar conta de tudo isso com excelência são apenas alguns pontos que entram para essa lista. Mas, com a evolução da sociedade de maneira geral e com a invenção de novas ferramentas de trabalho, surgiu o conceito de empresa ambidestra. Uma carta na manga que pode mudar o seu plano de negócio e elevar o seu patamar como líder. Entenda.

Historicamente e estruturalmente, alguns pilares precisam ser bem consolidados dentro de qualquer companhia para garantir a execução e casamento perfeitos entre setores e serviços. No entanto, apesar de indispensável, esta ideia vem ganhando alguns desdobramentos importantes (como de empresas ambidestras) e que trouxeram à tona um novo olhar sobre inovação. Pautada em estratégias que nasceram na atualidade, ela é baseada no comportamento de consumo e de trabalho das pessoas.

Ter uma estratégia de negócio “não é apenas fazer melhor o que já vem sendo feito; não é um plano detalhado de ações ou melhorias; não é um programa de instruções para aumentar a eficácia operacional. Estratégia é, sim, definir o direcionamento da organização, reinventando sua forma de atuação, considerando seu objetivo e fazendo adaptações às mudanças determinadas pelo ambiente de negócio”, afirma Fátima Regina de Toledo em “Gestão Estratégica de Empresas”

Empresa Ambidestra: conceito

Sendo assim, a empresa ambidestra se tornou um modelo de gestão e também de estratégia porque, justamente, apoia-se no objetivo para traçar um novo caminhar. De acordo com o Sebrae, “organizações ambidestras são aquelas que utilizam simultaneamente dois modelos de negócio: o modelo tradicional, a exploração (do conceito de exploitation), e outro modelo, o de exploração de novos mercados (do conceito de exploration), novas tecnologias e criações de produtos, serviços e processos totalmente novos”.

Isso quer dizer que, para se encaixar nesse molde, é preciso ter uma base bem sólida e estruturada e não deixar de ir em busca de processos de inovação.

Traçando um paralelo com o próprio nome, ambidestra: enquanto a mão direita opera com excelência aquilo que já faz parte da companhia, a esquerda vai em busca de novos olhares e metodologias.

Dentre as habilidades mais procuradas para fazer parte deste cenário estão facilidade em tomada de decisões, liderança, pró-atividade e alguns outros. Quanto mais aberta for a mentalidade de quem está ocupando as cadeiras mais altas, maiores são as chances de também compor um quadro de funcionários assim.

Além disso, a sede por inovação precisa fazer parte do DNA da sua marca. Desta maneira, fica mais fácil enraizá-la na mente da equipe. É preciso haver uma espécie de unanimidade quanto a isso. Afinal, todos os componentes precisam agir dentro do mesmo conceito.

Por exemplo, um gestor do setor de recursos humanos precisa entender que ser uma empresa ambidestra exige contratar pessoas com facilidade de adaptação. Alguém muito metódico, com baixa resiliência e que não gosta de mudanças dificilmente terá disposição para testar novas ideias. Isso pode ser experimentado exatamente no momento em que são propostas novas formas de produzir e há barreiras para topar experimentar a inovação.

Fazendo jus a este ponto, vale dizer que a ambidestralidade vem se tornando uma habilidade bem requisitada no mercado porque faz parte da personalidade de indivíduos de personalidade competitiva com foco em resultados e crescimento.

Como ser ou se tornar uma empresa ambidestra?

“O estabelecimento de metas é uma das atividades mais importantes de uma organização, pela definição das responsabilidades de seus gerentes e alocação dos recursos da organização. As metas devem ser desafiadoras, porém envolventes e possíveis. Quando são muito difíceis de serem alcançadas, elas podem cair em descrédito e a organização não sair do lugar; de outro modo, quando são muito fáceis de serem atingidas, ocorre a possibilidade de não haver a mobilização necessária das equipes envolvidas para a mudança”, afirma Toledo.

Isso quer dizer que, para implantar o processo e caminhar rumo à ambidestralidade, é importante mapear o seu atual cenário, enxergar quais são as necessidades mais latentes e traçar um plano que envolva inovação e processos bem feitos para saná-las.

Entendendo que podem existir barreiras para se adaptar a este processo (principalmente se esta mudança de pensamento for incorporada depois de anos de empresa), surgiram alguns modelos.

Vale dizer que entender sobre a gestão de risco e o alto nível de exigência dos consumidores devem ser indicativos bem sólidos dentro da sua companhia. Afinal, o conceito de empresa ambidestra nasceu em cima de, nada mais, nada menos, do que a inovação.

Ainda de acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, “para enfrentar os riscos […], o essencial é a capacidade de empreender. As dificuldades enfrentadas pelas empresas, o tempo necessário para ir de uma ideia até o mercado, as diversas etapas necessárias para obter resultados concretos, exigem esse tipo de determinação, em pequenos ou grandes negócios”.

Mais:

“Não há uma forma única para gerir a inovação e ela depende do setor, das condições específicas de cada mercado, do porte da empresa, do modelo de negócio e da complexidade das parcerias envolvidas na inovação. Mas, o relevante é que essa gestão da inovação não pode se circunscrever a ações isoladas ou artesanais: ela requer ferramentas, treinamento e persistência”.

Empresa Ambidestra Estrutural:

Nesta distribuição, as coisas não se misturam tão facilmente. Basicamente, existem duas equipes trabalhando de forma separada. Uma focada nos processos já estruturados e outra que busca inovação.

Para quem deseja fazer novos testes e diminuir a exposição aos riscos, pode ser a maneira mais indicada, uma vez que novas formas de trabalhar só são compartilhadas com o todo depois de totalmente consolidados e testados.

Empresa Ambidestra Simultânea:

Todos os colaboradores são focados em operar com excelência e também irem em busca de novas metodologias. É neste modelo em que tudo acontece simultaneamente e exige maior monitoramento da gestão. Aqui, é necessário que todos entendam esta mentalidade, os processos e que haja boa liderança para facilitar as tomadas de decisão.

Além disso, os níveis de exigência são altíssimos, uma vez que a entrega de resultados já existe e deve ser mantida para cumprir o que se espera da empresa.

Empresa Ambidestra Cíclica:

Neste modelo, pode ficar mais fácil apresentar uma empresa ambidestra para seu time. Aqui, há um rodízio entre os setores. Ou seja, uma única equipe atua na inovação por algum tempo, enquanto outra executa os processos operacionais. Depois, elas invertem os papéis. Desafiador, este comportamento exige maturidade de todos os envolvidos. Afinal, é um processo que consiste, basicamente, em transformações e muito entrosamento para troca de informações e “passagem de bastão”

Fique atento à execução

Agora que você conheceu o conceito de empresa ambidestra e conseguiu visualizar as 3 maneiras de seguir este modelo de negócio, vale dedicar alguns esforços para não cometer pequenos deslizes que impactam diretamente nos seus resultados.

Sozinha, a inovação não funciona. Além disso, ela nem sempre é a resposta para todas as suas dúvidas e dificuldades. Muitas e muitas vezes será preciso recorrer a outros processos, inclusive os mais burocráticos. Afinal, a depender da situação, eles diminuem as chances de erro e conseguem transmitir mais confiança ao cliente.

Em segundo lugar, não trabalhe com métricas de vaidade. Isso quer dizer que se algo estiver dando indícios de falha, mesmo que você esteja muito apegado à ideia, desapegue. Para tanto, lembre-se de pontos importantes que fazem a diferença neste cenário: maturidade para tomadas de decisões é imprescindível para trabalhar com ambidestralidade. Logo, se os testes que vêm sendo feitos há algum tempo não apresentam o retorno esperado, é hora de testar outras portas.

Tenha em mente que inovar quer dizer se expor aos riscos. De maneira resumida, eles podem ser de ordem tecnológica; comercial ou regulatória:

1. Tecnológica: basicamente, são os riscos relativos à pesquisa, imersão em dados e, principalmente, aos equipamentos e aparelhagem necessária.

2. Comercial: diz respeito ao risco de apresentar um novo produto quando a sua empresa ainda não tem porte ou estrutura suficiente para produzir ou levar ao mercado.

3. Regulatório: são os riscos que se enfrenta por produzir um produto ou serviço que precisa ser certificado ou regulamentado para ser comercializado.

Este último é o que mais exige a atenção de donos e gestores de estabelecimentos comerciais que trabalham com venda ou produção de alimentos. Você pode conferir os documentos necessários e entender mais sobre o funcionamento da Anvisa aqui.

Receita de bolo não existe!

“Investir em inovação é essencial para as empresas, independentemente do porte, manterem-se ativas e competitivas no mercado. Vale destacar que os parceiros da cadeia produtiva precisam ter essa mesma postura para que o projeto dê certo”, pondera o Sebrae.

Por fim, não se esqueça de revisitar os seus objetivos sempre que surgir dificuldades durante a caminhada. Para quê estamos trabalhando como uma empresa ambidestra? Quais necessidades desejamos suprir com estes processos? O que não pode deixar de ser feito?

Entender e trabalhar por suas metas é imprescindível para que não haja desvios e quedas nos resultados.

Acompanhe mais dicas, tendências do mercado de trabalho e outras informações sobre este setor no blog VR.

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