O estresse no trabalho tem se tornado uma realidade presente nas empresas, como resultado da sobrecarga de tarefas, cobranças inadequadas e outros fatores negativos. Quando negligenciado, o estresse no âmbito do trabalho prejudica não só a rotina das organizações, mas, principalmente, a saúde dos colaboradores, seu bem-estar e, por consequência, sua produtividade.
Um levantamento recente da International Stress Management (ISMA) considera a força de trabalho brasileira a segunda mais estressada no ranking global. Outra pesquisa, da Optum, aponta que a saúde do trabalhador piorou na última década, elevando buscas por auxílio psicológico em 250% no período entre 2011 e 2020. Além disso, quando não diagnosticado ou tratado com a devida atenção, gera altos índices de absenteísmo, turnover e burnout.
Você sabe como andam os níveis de estresse no ambiente da sua empresa? Já considerou adotar iniciativas de prevenção? Acompanhe este artigo para saber mais sobre os sintomas, como diagnosticá-los e quais os impactos na sua equipe e produção.
Afinal, o que é estresse no trabalho?
Antes de tudo, o estresse é uma resposta natural a situações de ameaça ou perigo, gerando desgastes físicos e mentais. No caso do trabalho, as situações estressantes ocorrem no ambiente corporativo, gerando tensão no trabalhador ou na equipe inteira. O problema é quando este passa a ser o padrão predominante na rotina.
A cobrança excessiva das lideranças, a alta competitividade, problemas de relacionamento e excesso de tarefas são alguns dos fatores desencadeadores de estresse. Somadas a eles, a estrutura inadequada, a má remuneração e a falta de benefícios contribuem para a sensação de desamparo do trabalhador.
Caso essas condições se mantenham, há o acúmulo desse sentimento negativo, levando a demonstrações expressivas, como acesso de raiva, episódios de choro ou de abandono do trabalho durante o expediente. Mais do que isso, induzem à falta de concentração, apatia, desânimo e, em casos mais graves, podem levar à síndrome de burnout.
Se pensarmos em frequência, o estresse no trabalho pode ser classificado de três formas: estresse agudo, estresse episódico e estresse crônico.
Estresse agudo
Por ser pontual, o estresse agudo é o mais comum dos três. Nesse sentido, é relacionado com a resposta imediata a um momento de tensão, com alteração da frequência cardíaca ou respiratória. A necessidade de resolução de um problema ou uma conversa difícil com o líder são exemplos de estressores e tendem a não deixar sequelas.
Estresse episódico
Agora, quando problemas no trabalho se tornam gatilhos para o estresse agudo, ele se torna episódico. Nesse caso, as alterações físicas têm maior intensidade e duração, acumulando-se dia após dia. Posturas amedrontadoras de líderes ou infraestrutura inadequada podem ser motivadores desse tipo de estresse.
Estresse crônico
Por fim, estresse crônico afeta a vida do funcionário, inclusive quando não está no ambiente de trabalho, impedindo o relaxamento. Como é o mais grave, seus sintomas têm impactos severos no bem-estar e na saúde, gerando desequilíbrio emocional, cansaço e quadros de depressão.
Ressaltamos que qualquer estágio merece a atenção do RH, para assegurar o bem-estar dos trabalhadores, evitar danos psicológicos e a queda de produtividade na empresa.
Causas e problemas recorrentes
O estresse no trabalho pode ser desencadeado por diversos fatores, seja estrutural ou social dentro da empresa. Alguns deles são problemas com maquinário, excesso de trabalho e metas inalcançáveis, lideranças com má postura ou falta de benefícios.
Problemas com maquinário e tecnologia
Os aspectos relacionados à infraestrutura são aqueles que impedem o profissional de exercer suas tarefas. Logo, iluminação insuficiente, problemas de ergonomia, poluição sonora e visual e até mobiliário inadequado são fatores estressores.
Além desses, a falta de segurança durante a produção, ausência de equipamentos de proteção individual(EPIs) e manutenções preventivas no maquinário também o são.
Excesso de trabalho
Volumes incompatíveis com o cargo ou nível de dificuldade não alinhada com a experiência profissional prejudicam o desempenho. Logo, geram sensação de impotência e medo constante de desligamento. As metas inalcançáveis e a quantidade de tarefas excessivas também se enquadram nos fatores que podem aumentar o quadro estressante.
Lideranças com má postura
Uma liderança que não estabelece conexão, deixa processos confusos e opta por uma relação baseada no medo, com certeza, irá causar estresse, pois, além de gerar situações de tensão frequentes, tais chefes impedem os funcionários de se sentirem capazes e respeitados.
Baixa remuneração e ausência de benefícios
A qualidade de vida está interligada à remuneração e à facilidade que o trabalhador tem de acesso ao que é importante para ele.
Quando o salário não é compatível com o mercado, este se torna fator desmotivador e que também causa estresse.
Além do salário, os benefícios oferecidos têm um papel estratégico de prover uma melhor alimentação, cultura e saúde, a partir de planos flexíveis e personalizados.
Quais são os sintomas e consequências de estresse prolongado?
Agora que você sabe o que é estresse no trabalho e conheceu as principais causas, é hora de reconhecer os sintomas e impactos. No geral, eles são psicológicos e fáceis de identificar, pois alteram como o funcionário age em sua rotina.
Eles podem ser:
- Falta de concentração, abandono do posto de trabalho mais vezes ao longo do dia e procrastinação de tarefas.
- Apatia, desânimo e redução no engajamento com as atividades e equipe.
- No entanto, pode ocorrer também o contrário – agitação, inquietação e pressa acompanhada de irritabilidade.
Além dos sintomas psicológicos, há os que afetam o físico, uma vez que o corpo fica sempre em estado de alerta. Por isso, é ideal prestar atenção nas queixas de dores musculares, cansaço frequente e reclamações de insônia.
Do mesmo modo, alterações gastrointestinais, náuseas, tonturas e problemas cardiorrespiratórios podem ser relatados ou motivo de ausência. Por fim, quando esses sintomas começam a ser frequentes ou mais intensos, levam o estresse no trabalho a estágios graves. Exemplo disso são a Síndrome de Burnout, o absenteísmo e o turnover.
Síndrome de Burnout
Mais do que irritabilidade, indisposição e sentimento de incapacidade, o burnout pode se apresentar em forma de lapsos de memória e excesso de negatividade. Somadas a isso, depressão, crises de asma, palpitações e enxaqueca são alterações que podem surgir.
Absenteísmo
Atrasos, saídas, faltas e ausências são denominadas de absenteísmo, ocasiões em que o trabalhador está fora do posto de trabalho. Quando começa a se tornar frequente, é sinal de alerta tanto para o ausente quanto para quem o substitui. Pois, para manter a produção em andamento, é possível que outra pessoa se sobrecarregue com as tarefas do faltante.
Turnover
O turnover é o índice de rotatividade de uma empresa, levando em conta o número de contratações e desligamentos. Se o valor for alto, indica a necessidade de rever o recrutamento e as estratégias para manter a saúde organizacional atualizada.
O que pode ser feito para evitar o estresse no trabalho?
Primeiramente, identificar os motivos do estresse no trabalho, por meio de análise do turnover, pesquisa de clima organizacional e demais ferramentas disponíveis para entender melhor a situação. A partir disso, verificar a percepção de sua equipe sobre a remuneração, tarefas e relações interpessoais também é uma boa iniciativa.
Após reconhecer a origem dos problemas, é recomendado rever horários e funções, estabelecendo limites e respeitando a individualidade de cada um. Além disso, é essencial incentivar rotinas leves, com estímulo a estudos, cultura, alimentação saudável e exercícios.
Benefícios flexíveis, reconhecimento de metas e ações que visam ao bem-estar do trabalhador são ótimos aliados nesse momento! Mais do que isso, deve-se incentivar hobbies, flexibilidade e ajuda profissional, como forma de prevenção e não de contenção do estresse.
Cartão VR: o aliado do RH
Agora que você sabe mais sobre o estresse no trabalho, é hora de contar com a VR para preveni-lo. Por ser seguro e simples de usar, o cartão oferece milhares de opções para lazer, saúde e alimentação.
Além disso, é personalizável segundo as necessidades de sua equipe, com saldos separados em um só lugar. Da mesma forma, está disponível o acesso ao Programa de Assistência ao Empregado, desconto em farmácia e o VR Nutrição.
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