Quando o consumidor está diante de um prato de comida, dificilmente associa a refeição à tecnologia. Afinal, a alimentação está entre as necessidades mais básicas do ser humano. No entanto, agentes de toda a cadeia de produção e distribuição estão cada vez mais antenados a uma forte tendência de mercado, chamada foodtech.
Assim, o segmento tem apostado forte nesse novo conceito de pensar a comida. Da agricultura à mesa, cada elo da corrente está sendo otimizado a partir de soluções tecnológicas, disruptivas e sustentáveis. Ou seja, neste exato momento, a maneira com que a humanidade lida com os alimentos está mudando de forma intensa e definitiva.
As foodtechs vieram para mudar o ramo alimentício de uma vez por todas, propondo soluções modernas, inteligentes e sustentáveis.
Então, se você quer entender mais a fundo o que é foodtech e como ela pode impactar o seu estabelecimento, continue a leitura!
O que é foodtech
O termo foodtech se refere à aplicação da tecnologia na indústria agroalimentar. Em outras palavras, são empresas e projetos que desenvolvem soluções tecnológicas para o setor de alimentos, em todas as fases do processo.
A princípio, a definição é simples, mas o conceito engloba iniciativas bastante diversificadas. Por exemplo, os aplicativos de entrega e cartões de benefício são modelos já incorporados à rotina dos brasileiros. Ao mesmo tempo, há empresas investindo milhões de dólares nos chamados alimentos do futuro, muitos deles fabricados à base de plantas.
Dessa forma, nota-se que o conceito de foodtech é dinâmico e multifacetado. Porém, o objetivo destas organizações é sempre o mesmo: revolucionar a forma de pensar, cultivar, criar, vender, comprar, distribuir, consumir e reaproveitar a comida. Ou seja, com soluções tecnológicas, buscam um sistema mais moderno e eficiente.
Em seguida, listamos alguns dos objetivos das foodtechs:
● Buscar alimentos mais saudáveis e nutritivos.
● Reduzir o desperdício e o impacto ambiental.
● Solucionar gargalos produtivos e logísticos.
● Automatizar cozinhas e supermercados.
● Fazer do consumidor um protagonista no processo alimentar.
Frentes de atuação
De acordo com o estudo Foodtech Report 2022, realizado pela gestora Outcast Ventures com a plataforma Distrito, o Brasil conta com, pelo menos, 337 startups focadas em soluções para o setor alimentício.
A maior parte dos projetos atua no segmento de super foods e delivery. Nos últimos 10 anos, os investimentos na área chegaram à marca de R$ 4,6 bilhões no país.
Nesse contexto, explicamos a seguir as principais frentes de atuação das foodtechs. Acompanhe!
Alimentos do futuro
A qualidade dos alimentos é uma das principais preocupações das foodtechs. Assim, elas apostam em novas categorias de comidas e bebidas para o futuro.
O conceito mira na redução de aditivos químicos, bem como na criação das chamadas super foods, comidas altamente nutritivas e saudáveis.
Dessa forma, alimentos à base de plantas e de insetos estão sendo desenvolvidos em laboratório, com direito a comidas impressas a partir de tecnologia 3D.
Produção de ingredientes sintéticos, refeições em cápsulas e diversificação do uso de proteínas vegetais são outras vertentes importantes do segmento.
Logística
As foodtechs têm como uma de suas grandes metas a diminuição do número de intermediários no processo de produção e distribuição de alimentos. Aqui, entra em cena o conceito farm-to-table, que busca uma cadeia de suprimentos mais eficiente ao aproximar o produtor do consumidor.
Além disso, há outras ações que buscam acelerar o processo logístico e reduzir custos. Confira algumas delas: apoio a modelos inteligentes de delivery e marketplace, localização estratégica de cozinhas industriais em centros urbanos, transporte a partir de veículos autônomos e opção por contratos eletrônicos.
Sustentabilidade
Definitivamente, a responsabilidade com o meio ambiente é um dos pilares das foodtechs. Portanto, as startups do segmento estão empenhadas em usar a tecnologia para diminuir a emissão de poluentes e o desmatamento ambiental, por exemplo.
Da mesma maneira, o descarte de resíduos, o reaproveitamento de alimentos e a reciclagem de materiais estão sendo repensados de forma mais moderna e assertiva pelo setor.
Inteligência artificial e automação
Outra frente de atuação está na parte de coleta de dados e gestão de informação. Assim, os projetos se baseiam em elementos de inteligência artificial e big data para tornar os processos mais eficientes, confiáveis e ágeis.
Desse modo, uma área de destaque é a de rastreabilidade alimentar. Ela usa a tecnologia blockchain para mapear o histórico dos alimentos, garantindo sua procedência e segurança alimentar.
Conexão com os consumidores
Por fim, pensar nas necessidades do consumidor é essencial para essas startups. Por isso, o desenvolvimento de projetos de nutrição personalizada via análise de dados está a todo vapor, bem como o desenvolvimento de alimentos mais baratos e saudáveis.
Além disso, os agentes da indústria alimentícia têm investido maciçamente na conexão digital com os consumidores.
Assim, os aplicativos são cada vez mais utilizados, abrangendo várias fases do processo alimentar. Algumas delas são: venda, entrega, nutrição, receitas e reserva de mesas.
Impacto em restaurantes e outros estabelecimentos
Uma vez que entendemos o que é uma foodtech e quais seus modos de ação, surge a dúvida: como esse conceito impacta estabelecimentos do ramo alimentício, como restaurantes e mercados? Acima de tudo, os negócios precisam se adequar à nova realidade de pensar a comida. Isso inclui ações mais conscientes e eficazes.
Ou seja, se os restaurantes e mercados não otimizarem seus processos a fim de reduzir os custos e atender aos anseios do novo perfil de consumidor que está surgindo, vão acabar perdendo espaço para os concorrentes do mercado. Trata-se de uma grande — e urgente — responsabilidade.
Dessa maneira, a modernização é a necessidade mais latente dos estabelecimentos na atualidade. Pensando nisso, grande parte das foodtechs aposta no desenvolvimento de softwares de gestão, plataformas de e-commerce e aplicativos para restaurantes e mercados.
Sendo assim, empresas mais tradicionais do segmento, como mercados, bares e restaurantes, estão diante de uma grande oportunidade tecnológica. Isso quer dizer que os negócios podem modificar suas operações a fim de suprir a alta demanda, reduzir custos e ganhar eficiência. Mas essas são apenas algumas possibilidades.
A seguir, listamos uma série de ações importantes que restaurantes e outros estabelecimentos podem implementar com o auxílio das foodtechs. As iniciativas buscam suprir a alta demanda, reduzir os custos e ganhar eficiência. Confira:
● Utilização de softwares de gestão financeira e contábil.
● Otimização do delivery buscando velocidade e qualidade.
● Disponibilização de totens de autoatendimento, cardápios digitais ou tablets nas mesas.
● Aceitação de cartões corporativos de alimentação.
● Adoção de IoT (Internet das Coisas) para equipamentos e utensílios.
● Investimento em maquinário que aumente a eficiência da cozinha industrial.
● Redução de custos e dos efeitos da inflação por meio de gestão de cardápio e de cadeia de suprimentos.
● Implementação da rastreabilidade alimentar via blockchain.
● Utilização de ferramentas inteligentes para identificar oportunidades de mercado.
● Aproveitamento das vantagens de garçons e cozinheiros robóticos.
● Uso de veículos de distribuição dirigidos remotamente.
● Compra de drones para a realização de inventário em tempo real.
Invista em soluções tecnológicas
Sem dúvida, as foodtechs vieram para revolucionar o mercado alimentício de maneira profunda e permanente.
Assim, mais cedo ou mais tarde, todos os negócios do segmento precisarão se adaptar à nova realidade. Do contrário, é inevitável que percam espaço e relevância.
Portanto, deixamos aqui o convite para que você explore em nosso blog outros artigos sobre tecnologia aplicada ao setor de alimentos. Além disso, não deixe de conhecer as vantagens de ter a VR como parceira de seu estabelecimento, pois desenvolvemos soluções modernas e inteligentes, que geram resultados comprovados.
