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Mad skills: o que são e que diferença fazem em uma seleção?

Você provavelmente não deve ouvir com frequência no Brasil o termo “mad skills”. Na verdade, essa expressão é muito conhecida no exterior, especialmente na Europa e nos Estados Unidos. Em uma tradução livre seria algo como habilidades excepcionais. 

As “mad skills” têm relação com as habilidades que os candidatos desenvolvem com seus hobbies. Por exemplo: um alpinista é uma pessoa que, invariavelmente, gosta de desafios, tem espírito de equipe, coragem e gosta de superar limites – só para citar alguns pontos.

Essas habilidades fazem parte dos atributos exigidos nesse tipo de hobbie. Portanto, entre as “mad skills” do alpinista estão: a coragem, espírito de liderança e de equipe – só para citar dois exemplos. Justamente essas “mad skills” tornam esse candidato diferente, especial. E isso tem atraído a atenção das empresas.

Isso significa que as hard skills (habilidades técnicas conquistadas por meio da educação formal) e as soft skills (que não aparecem no currículo, mas têm relação com as capacidades mentais, sociais e emocionais) cairão em desuso? Não. Fala-se muito em power skills, por exemplo. No momento, a esses conceitos vão se somar agora as “mad skills”, tentativa clara de as empresas buscarem algo “mais” em um candidato. Veja neste conteúdo.

Sumário

  • Qual é o significado de “mad skills”? 
  • De onde veio o termo “mad skills”? 
  • Como você usa as “mad skills”?
  • Quais skills colocar no currículo?

Qual é o significado de  “mad skills”? 

Muitos recrutadores se referem às “mad skills” como “competências loucas”, em uma tradução literal. Em uma tradução melhor, seria algo como “habilidades excepcionais ou incomuns”. 

Na prática, as “mad skills” são a capacidade que uma pessoa pode desenvolver ao escolher um hobbie, por exemplo. Ou seja: é o que alguém adquire em sua vida pessoal que pode ser um diferencial importante quando aplicado à vida corporativa.

Essas habilidades dizem muito, de forma indireta, sobre o candidato. Por exemplo: um profissional que concorre a uma vaga de emprego e que, nas horas vagas, se dedica à fotografia, com certeza é uma pessoa que desenvolveu um forte senso estético, se preocupa com a composição e ainda tende a ser mais criativo e sensível. 

Não apenas os hobbies permitem desenvolver as “mad skills”. Algumas dificuldades ajudam as pessoas a descobrir habilidades, como a resiliência, no caso de imigrantes e migrantes. Trabalhos voluntários também contribuem, por exemplo, deixando os voluntários mais empáticos, resilientes e capazes de praticar a escuta ativa. 

De onde veio o termo mad skills? 

A origem mais provável e mais cotada para as “mad skills” é o Vale do Silício, local na Califórnia que reúne startups e empresas de alta tecnologia. É lá que surgem algumas das principais inovações digitais e tecnológicas que surpreendem o mundo, como o chatGPT. 

A expressão “mad skills” foi criada provavelmente para se referir às características singulares de pessoas que se destacam por sua  capacidade de inovação.

Em ambientes altamente competitivos, os recrutadores buscam profissionais que consigam solucionar problemas, saibam inovar e possam contribuir com novas ideias e soluções para antigos problemas. 

Talvez por isso o conceito de “mad skills”, quando surgiu, rapidamente agradou recrutadores europeus e americanos. Agora, a novidade começa a chegar ao Brasil e, pouco a pouco, vai sendo incluída nos processos seletivos por aqui. 

Como você usa as “mad skills”?

Um dos conselhos mais frequentes dos recrutadores é apresentar as suas “mad skills” nas entrevistas de emprego. Para isso, é importante fazer a correlação direta com a sua área de atuação. 

Ou seja: ao explicar como resolveu um problema na empresa anterior, você pode revelar que o resultado que obteve foi alcançado porque o hobbie que desenvolveu ajudou a atingir seus objetivos. Por exemplo: você é um maratonista e, como atleta nas horas vagas, aprendeu a ter determinação e trabalhar com foco.  

Outra alternativa é comentar como lida com algumas situações do trabalho no dia a dia, também relacionando-as às aptidões que desenvolveu com os hobbies. Esses podem ser detalhes que ajudam o gestor da área ou o profissional de Recursos Humanos a identificar naturalmente as “mad skills” do candidato.

Quais skills colocar no currículo?

Por anos, os especialistas em Recursos Humanos defenderam a importância de destacar no currículo as hard skills – cursos, treinamentos e graduações que permitiram formar um profissional. 

Depois, vieram as soft skills – as habilidades que revelam o comportamento do colaborador e sua capacidade de trabalhar em equipe e estabelecer uma relação de respeito e colaboração. 

Agora, é a vez das “mad skills”, as habilidades excepcionais que estão na trajetória de qualquer profissional e são construídas de acordo com os desafios que enfrenta em sua vida particular ou profissional e também nos hobbies que abraça nos seus momentos de lazer. São essas “mad skills” que agora chamam a atenção e podem significar a oportunidade no emprego dos sonhos. 

Artigo da EMLV (École de Management Léonard De Vinci), intitulado Mad Skills: originality is a new way to get hired, da escola de negócios de Paris, revela que até o surgimento das “mad skills” os processos seletivos eram muito semelhantes e serviam para recrutar “profissionais impecáveis e sem personalidade.”  

Agora, com a chegada das “mad skills”, as empresas têm a chance de selecionar pessoas reais, que aprenderam com um fracasso ou um grande sucesso ou mesmo a partir da necessidade de se reinventar. Ou seja: processos de seleção reais que buscam pessoas igualmente reais e que expõem o caráter e a personalidade do candidato. Portanto, o ideal é o candidato colocar no seu currículo todos os atributos formais, mas também os hobbies e as atividades que realiza fora dos muros das empresas. Essas atividades podem revelar muito mais sobre a personalidade do que os cursos que realizou, pois em novos tempos, com hiper digitalização, exigem novos talentos. Gostou deste conteúdo? Confira mais dicas de recrutamento e seleção no blog da VR.

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