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Banco de talentos: o que é, como criar e gerenciar de forma estratégica?

Descubra como montar e usar um banco de talentos corporativo para agilizar contratações, fortalecer o pipeline de talentos e melhorar a gestão.
VR
03.10.2025
8 min de leitura
Mulher negra confiante no centro da imagem, com os braços cruzados, liderando um grupo diversificado de profissionais em segundo plano.
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O banco de talentos tem ganhado cada vez mais relevância por auxiliar as empresas na antecipação das demandas de contratação e também a lidarem melhor com os desafios do mercado de trabalho.

Afinal, encontrar profissionais disponíveis é somente parte da equação; o verdadeiro desafio está em achar quem se encaixa de fato nos valores, nas necessidades e na cultura da organização.

Segundo a pesquisa “Global Talent Shortage (2024)”, da ManpowerGroup, 75% das pessoas empregadoras relataram dificuldades para preencher vagas. Esse desafio não está ligado somente à escassez de profissionais com qualificação, mas à dificuldade de encontrar pessoas cujo perfil realmente se encaixe nos objetivos da empresa.

Para saber mais sobre o banco de talentos: o que significa, como funciona e de que forma ele pode se tornar um diferencial para resolver o problema com a dificuldade nas contratações, continue a leitura do artigo!

Banco de talentos: o que é?

O banco de talentos corporativo é uma base estruturada com pessoas que já se candidataram a alguma vaga, foram indicadas ou mapeadas e aceitaram receber contato futuro.

Ele é uma estratégia para garantir que pessoas com um perfil profissional alinhado à empresa estejam acessíveis quando uma vaga surgir, sem precisar começar do zero. Assim, a empresa mantém seu pipeline de talentos (base de pessoas qualificadas) sempre ativo e pronto para atender novas demandas.

Isso acelera a triagem, as entrevistas e aumenta a assertividade na gestão de talentos. Além disso, esse processo permite identificar rapidamente quem se encaixa melhor com os valores da organização, tornando a contratação mais ágil e eficiente.

Leia também: Gestão de Pessoas — o Guia Completo para Atrair, Reter e Desenvolver Talentos

Banco de talentos: como funciona?

O banco de talentos funciona como uma lista organizada de pessoas que podem ser acionadas sempre que surge uma nova vaga. Na prática, ele envolve quatro passos principais:

  1. Captar profissionais que tenham interesse ou foram mapeados.
  2. Qualificar suas habilidades e experiências (tanto soft skills quanto hard skills).
  3. Organizar os perfis de forma estruturada.
  4. Manter relacionamento contínuo, garantindo que as pessoas estejam prontas para processos seletivos futuros.

Que tipo de vaga o banco de talentos atende melhor?

Em geral, quanto mais recorrente ou difícil de preencher o perfil da vaga, maior o valor de ter um banco de talentos pronto para ser acionado. Alguns exemplos de vagas que se encaixam bem nesse modelo, incluem:

  • Vagas recorrentes: vendas, atendimento e logística.
  • Cargos de volume: operações, lojas e centros de distribuição.
  • Perfis de carreira inicial: estágio, jovem aprendiz e trainee.
  • Áreas com escassez crônica: TI & dados, engenharia e saúde.
  • Temporárias e sazonais: picos de demanda em diversos setores como comércio e produção.

Leia também: 10 benefícios que ajudam na retenção de talentos

Banco de talentos integrado: por que conectar tudo?

Um banco de talentos integrado evita duplicidade e perda de informações. Com a integração, você visualiza skills e interesses em um só lugar e consegue acionar rapidamente quem já está pré-qualificado(a), reduzindo o tempo de preenchimento de vagas e melhorando a qualidade das escolhas. Lembre-se de integrar:

  • ATS (histórico de candidatura e etapas).
  • HRIS (dados de colaboradores e colaboradoras para mobilidade interna).
  • CRM de recrutamento (e-mails, cadências, consentimento LGPD, etc.).
  • Avaliações (competências, idiomas e testes técnicos).
  • Origem do talento (feiras, referrals, landing pages e outros).

Como montar um banco de talentos na empresa? Confira o passo a passo

Se você chegou até aqui querendo descobrir como montar um banco de talentos, este passo a passo vai te mostrar, de forma simples, como colocar essa estratégia em ação dentro da sua empresa:

1. Defina objetivos claros

Ao ter objetivos mais claros sobre o que precisa ser alcançado, fica mais fácil definir as ações necessárias para atingir aquela meta. No banco de talentos, é importante saber quais as competências relevantes para determinada vaga, quantas etapas terá o processo seletivo, entre outros detalhes.

Exemplos de metas: reduzir o time-to-fill (tempo para preencher uma vaga) em 25%, aumentar a diversidade em tecnologia ou acelerar reposições em lojas. Objetivos claros ajudam a decidir quem captar e como nutrir seu banco de talentos.

2. Capte talentos de múltiplas fontes

É muito difícil estruturar equipes diversas se os talentos são buscados sempre nos mesmos lugares. Por isso, busque profissionais em múltiplas fontes, indo além dos canais tradicionais e explorando novas plataformas, como:

  • Formulários no site “Trabalhe Conosco” e páginas de carreira.
  • Botão “Quero fazer parte” em páginas de vagas internas.
  • Eventos (feiras, tech talks, lives) com QR code para cadastro.
  • Indicações internas com incentivo.
  • Sourcing em comunidades e redes.

Leia também: Marketing de recrutamento — descubra técnicas para atrair talentos

3. Padronize o cadastro (sem complicar)

Defina campos essenciais para cada perfil, mas sem exagerar. Algumas sugestões do que incluir são:

  • Local.
  • Nível de senioridade.
  • Área de interesse.
  • Habilidades técnicas (hard skills).
  • Idiomas e nível de conhecimento/fluência.
  • Disponibilidade/preferência para trabalho remoto, híbrido ou presencial.
  • Pretensão salarial.
  • Portfólio / GitHub (quando fizer sentido).

Dica: colete somente as informações que realmente serão usadas no processo de seleção, pois nessa ocasião menos é mais.

4. Qualifique e etiqueta (tag) com critério

Organize o banco de talentos com tags simples, como “Front-end React”, “Logística — CD” ou “Vendas Inside — SP”. Utilize pontuações baseadas nos requisitos mínimos e estabeleça regras de qualificação visíveis para toda a equipe. Assim, o processo fica padronizado e transparente, evitando dúvidas na hora de acionar os perfis.

5. Nutrição e relacionamento

Mantenha o banco de talentos vivo com conteúdos relevantes, como trilhas de aprendizado, webinars ou cases inspiradores, sempre com cuidado para não gerar SPAM. Uma cadência trimestral já é suficiente para manter o vínculo ativo e o interesse, aumentando a chance de conversão quando a vaga abrir.

6. Acionamento rápido quando a vaga abre

Antes de anunciar a vaga, consulte o banco de talentos e convide as 20 pessoas mais aderentes para uma triagem expressa. Como o pipeline já está pronto, as entrevistas começam em poucos dias, em vez de semanas, deixando todo o processo de seleção mais ágil e eficiente.

O motivo é simples: essas pessoas já foram qualificadas, demonstraram interesse e têm informações atualizadas, o que elimina etapas iniciais de triagem e acelera o preenchimento da vaga.

7. Mensure e ajuste

Para aprimorar todo o banco de talentos, monitore alguns indicadores, como:

  • tempo de contato com a pessoa candidata até a entrevista;
  • tempo de oferta;
  • taxa de aceite;
  • origem das contratações (banco x anúncio);
  • diversidade e satisfação das pessoas candidatas.

Esses dados demonstram se o banco está funcionando bem e ajudam a corrigir alguma falha do processo. Por exemplo, se ele não gera entrevistas em até 72h após a abertura da vaga, pode ser sinal de que a base de dados precisa de ajustes.

Leia também: Processo de admissão — o passo a passo para o RH

Tire suas dúvidas sobre banco de talentos

Ainda tem dúvidas sobre como funciona o banco de talentos? A seguir, respondemos algumas das perguntas mais comuns sobre o assunto para te ajudar a aplicar essa estratégia de forma prática e eficiente. Confira!

1. O banco de talentos substitui o anúncio de vagas?

Não. O banco de talentos ajuda a priorizar quem já está no pipeline, acelerando a seleção e diminuindo a dependência de anúncios tradicionais. Mas isso não impede que você também abra a vaga ao público, seja para ampliar o alcance ou quando não houver candidatos ou candidatas suficientes no banco.

2. Banco de talentos ou efetivo — o que avisar à pessoa candidata?

Seja sempre transparente e explique que o banco de talentos é um cadastro preventivo, ou seja, a pessoa ainda não está concorrendo a uma vaga específica, mas será considerada em futuras oportunidades compatíveis com o perfil. Já a vaga efetiva é quando o processo seletivo está oficialmente aberto e a contratação será imediata.

Deixe claro como será o fluxo de comunicação: em quais situações você entrará em contato, quais são as etapas previstas e ofereça sempre a opção de descadastro (opt-out), conforme a LGPD.

3. Com que frequência preciso atualizar o banco de talentos?

A recomendação é revisar o banco pelo menos a cada 3 a 6 meses. Isso inclui checar contatos, atualizar qualificações e confirmar interesses, mantendo o pipeline sempre ativo e pronto para novas vagas.

Se você gostou deste conteúdo sobre banco de talentos e quer continuar aprendendo mais sobre gestão de pessoas, desenvolvimento profissional, estratégias de RH e muito mais, aproveite para explorar outros artigos no Blog da VR!

Leia também: Recrutamento e seleção — saiba como conduzir esse processo com eficiência no seu RH!

Imagem de capa — Fonte: rawpixel.com / Freepik (2025)

 

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